Um dia na minha vida

Tuesday, April 15, 2008

Os blogues são uma democracia?

Os blogues podem ser considerados extremamente democráticos mas na prática na minha opinião se forem mal utilizados podem deixar de o ser passando a ser uma anarquia.
O ponto onde podemos considerar os blogues democráticos são do ponto de vista que qualquer pessoa independentemente do seu extrato social ou do seu nível de cultura pode publicar uma opinião sua e esta pode ser lida e interpretado por qualquer pessoa em qualquer ponto do planeta. Mas este tipo de democracia tem logo à partida uma desvantagem: o facto de as pessoas menos instruídas poderem dar opiniões que não sejam baseados em factos científicos correctos e emitirem opiniões infundadas ou mesmo erradas.
Depois surge o ponto de vista que os blogues são uma anarquia que é pelo facto de as pessoas poderem escrever livremente tudo o que querem o que leva a que as pessoas possam usar os blogues como uma “arma” para denegrir a imagem de alguém sem serem descobertos e como a sua publicação pode ser vista por toda a gente sem qualquer tipo de sensura esta “arma” pode muito bem ter efeitos nefastos na vida de uma pessoa sem que o autor da injuria seja descoberto, o que do meu ponto de vista me leva a pensar se o sistema actual como os blogues podem ser criados é correcto ou pelo menos justo para determinadas situações. Mas os blogues é como tudo que é liberal tem as suas coisas boas e as suas coisas más e se for bem utilizado a sua função é de estrema importância para as pessoas que os usam e pode contribuir em muitas situações para que se debatam temas de uma forma livre e independente.

Will blogs kill old midia?

Os média não meios de comunicação muito fortes que levam as pessoas a criar hábitos quer de leitura quer de visionamento. Por exemplo os jornais, podem parecer completamente ultrapassados mas as pessoas têm um cetro prazer em simplesmente tocar no papel e folhearem o mesmo enquanto bebem o seu café, ou quando estão numa conversa de café… A televisão é outro meio que nada o pode parar pois acaba por ser uma espécie de companhia para muita gente e os seus horários dos seus programas levam a que as pessoas criem hábitos diários para os verem. Os blogues podem dar um grande impulso no mundo dos média pois ajuda a que tudo seja mais rápido e facilitado estando sempre acessível na hora em que as coisas acontecem onde podemos ter acesso a várias opiniões de todos os quadrantes sociais e políticos mas, nunca vão substituir os meios de comunicação convencionais pois estes estão muito enraizados na sociedade e têm alguns hábitos que foram criados à volta dos mesmos que não serão fáceis de substituir. Os blogues também não podem substituir os media antigos pois não têm informação sempre correcta ou pelo menos com o mínimo rigor que é exigido aos média convencionais pois como o espaço é livre e qualquer um pode escrever o que quiser, leva a que se escreva muito lixo e coisas que possam até prejudicar os outros podendo até os seus intervenientes nunca serem encontrados pois estão camuflados por trás de um nick name.

Ou seja os blogues nunca vão substituir os média convencionais mas sim ocuparem o seu próprio espaço dentro dos media.

Buzzword Net Generation

Net generation é um expressão que foi criada Don Tapscott, que foi dado a connhecer no livro que este escreveu com o titulo "Growing up Digital".
O que está por detrás deste termo é a de dar uma identidade a uma faixa etária de pessoas que cresceu já dentro da era digital, geração esta que está constantemente a interagir com a Internet, telemóveis, televisão interactiva etc. Para estes é extremamente complicado interagir uns com os outros de maneira diferente pois foram desde sempre habituados assim, ou seja, a usar as ditas novas tecnologias, tecnologias estas que estão no suporte do termo Net Generation
Esta geração tem uma influencia muito grande na sua própria sociedade pois através destas novas formas de comunicar podem eles próprios conceber e publicar os seus conteúdos, ou sejas, esta geração acaba por evoluir participando na sociedade, contrariando assim as gerações antigas que não tinham forma de conseguir intervir na mesma a menos que tivessem algum poder sobre a mesma.
Hoje em dia podem ser facilmente encontradas vários tipos de comunidades que têem como objctivo darem-se a conhecer e interagir uns com os outros através da Internet como é o exemplo do HI5, ou mesmo através de qualquer jogo de computador hoje em dia que pode ser jogado em rede contra pessoas que conhecemos ou não criando assim uma maior emoção no mesmo. Coisas como estas eram impensáveis em gerações anteriores.

Fadas anjos e sereias

O ciberespaço e a cibercultura estão intimamente ligada com as ciências sociais tal como a Sociologia está para a história, fazendo com que a haja desenvolvimento na nossa civilização e lavando a que haja um crescimento conforme vai havendo progressão na própria modernidade. O boom da Internet surge como um dos mais importantes acontecimentos do século XX. Com ela surge uma espécie de paraíso sem fronteiras onde as pessoas podem viajar livremente de um ponto para qualquer outro do planeta tendo assim uma sentimento de liberdade sem que lhes seja imposto praticamente nenhum limite.
O ciberespaço transforma-se desta maneira numa espécie de lenda onde a liberdade tem um papel principal, ganhando assim um espaço próprio na civilização, ou seja, passamos a ter uma espécie de item virtual do qual se cria dependência dado que neste não há qualquer tipo de controlo sobre a forma como as pessoas interagem entre si. Mas esta interacção é relativa pois as pessoas existem de uma maneira diferente do convencional, ou seja, o individuo deixa de existir passando a fazer parte de uma organização pois o ciberespaço resume em si tudo o que se modifica. Ao mesmo tempo acaba por ser uma vivência humana apesar de ser um pouco alternativo. Anjos, fadas e sereias são mitos que ligam o céu à terra, ou seja, acaba por nos enviar para qualquer coisa que já foi idealizada mas que não podemos tocar tal como o ciberespaço. Portanto criamos personagens utópicas de forma a que nos possamos tornar infinitos.
A procura de algo diferente acaba por ser o que faz mover este espaço onde não existem limites mas, também tem algumas desvantagens tal como a ausência de emoções e do nosso próprio corpo levando assim a que o nosso imaginário seja global.
Relativamente a esta globalidade consegue fazer com que deixe de haver distinções sociais à partida e fazendo assim com que por vezes haja uma interacção entre eles ou mesmo entre ajuda. Mas como se pode distinguir as realidades distintas ou mesmo a classe social de cada um derivado às experiências pessoais de cada um? O que leva a que o ciberespaço seja tão evoluído é as suas vias de comunicação, ou seja, a rede que adveio do mesmo o que faz com que a pessoa singular acabe por ser observador de si mesmo dentro da rede pois a interacção é o único meio de acção que existe dentro deste.
A duvida que existe na falta ou não de liberdade e a significação pessoal de cada pessoa individual, pois os nossos valores são diferentes conforme as nossas próprias vivências e experiências pessoais que dentro da própria rede deixam de fazer um pouco de sentido, pois em cibercultura tal não existe pois todos os tipos de vivências então em pé de igualdade.

Exercício de escrita não-linear e hipermedia

«A escritora Luísa Costa Gomes é directora da revista "Ficções". A "Ficções" é uma publicação semestral de contos editada pela Tinta Permanente. Um exemplo único no nosso país. Desde 2002 que tem um "site" na Internet (de que aqui já falámos nessa altura) mas agora a novidade é que, com o apoio do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e com a participação inicial do Projecto Vercial da Universidade do Minho, vão realizar um projecto pioneiro na divulgação do conto clássico e contemporâneo (pelo menos em Portugal), constituindo a primeira Biblioteca Online do Conto. Será a primeira biblioteca de textos integrais "on-line" em português e "numa primeira fase, o objectivo é colocar 'on-line' um extenso rol de contos e novelas portugueses do século XIX, bem como a quase totalidade dos contos contemporâneos encomendados pela e publicados na revista 'Ficções' ao longo destes quatro anos. Como objectivo final, a 'Ficções' quererá constituir uma Biblioteca Universal do Conto, disponibilizando textos integrais e traduções fidedignas da literatura universal", explica Luísa Costa Gomes. "Pensamos não ser necessário enfatizar a importância desta iniciativa para todos os que falam e estudam português no mundo inteiro. Colocar 'on-line' estes contos, numa edição revista, integral e credível, é tornar acessíveis aos estudantes e leitores que usam a Web, alguns textos muito importantes da nossa cultura", acrescenta. Neste momento, já podem ser consultados no "site" alguns dos contos que já fazem parte da biblioteca e que foram revistos tipograficamente. (…) E claro, contos de Camilo, Eça, Aquilino, Sena, Fernando Cabral Martins, Teresa Veiga, Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa, Hélia Correia, Agualusa, Machado de Assis, Luísa Costa Gomes, Ramalho Ortigão, Jaime Rocha, entre outros. Aguarda-se o desenvolver do projecto com expectativa.»